Sentindo Cinema

George Franju não é muito conhecido no meio cinéfilo, eu tb só tomei conhecimento da sua existência em um documentário que vi recentemente sobre a Novelle Vague, uma tristeza um grande cineasta como esse não ter seu devido reconhecimento, e saibam vocês que além de cineasta ele foi um dos fundadores da cinematéca de Paris. Quanto ao filme digo que é um dos filmes mais poéticos e aterrorizantes que já vi, é impressionante a agonia que sentimos com a personagem de Christiane, e como é chocante ve-la com a mascara mesmo sendo essa impecavelmente parecida com um rosto humano, assim como seu rosto depois de transplantado, através dessas cenas percebemos o que representa um rosto, uma identidade. O filme possui algumas cenas magistrais, como a inicial no carro com os faróis acessos fazendo uma referência clara a uma mascara, a do transplante, a do rosto desfocado, Franju cria uma atmosfera extremamente tensa e com a mesma intensidade nos cativa. A cena final pra mim é uma das mais incríveis, de um lirismo catatonico!